Neuropatia Diabética: saiba quais os tipos e como viver bem com a complicação

Neuropatia Diabética: você sabia que existe mais de um tipo de Neuropatia e que é possível conviver com essa complicação?  

A neuropatia é uma complicação que assusta muitas pessoas que têm Diabetes. Ela costuma aparecer depois de anos de Diabetes mal controlada e afeta as fibras nervosas do nosso corpo, isto é, neurônios (nervos) sensitivos, autonômicos e / ou motores.  Infelizmente, as neuropatias constituem a complicação mais frequente e perigosa do Diabetes, pois é silenciosa em seu início e só apresenta sintomas quando já está em estágio avançado.

Por essa razão é tão importante sempre pensar em PREVENÇÃO, em CUIDADO, em visitar o MÉDICO, em fazer um acompanhamento constante.

Mas, uma vez instalada ou diagnosticada, é possível – dependendo do estágio em que esta complicação se encontra – com bom controle do Diabetes, atividade física monitorada, alimentação balanceada e um bom acompanhamento, obter qualidade de vida para o paciente.

E você sabia que existe mais de um tipo de Neuropatia?

O tipo de Neuropatia mais conhecida é a NEUROPATIA PERIFÉRICA.  Este tipo de complicação acomete as extremidades do nosso corpo, as pontas dos dedos dos pés e das mãos, a função motora. Este tipo de neuropatia pode fazer o indivíduo, quando não tratado a tempo, quando não controlado, ir perdendo lentamente a sensibilidade ao frio e ao calor, aos estímulos de dolorosos em casos muito extremos.

Muito comumente pacientes apresentam quadros de dores agudas e muito difíceis de serem tratados, as famosas dores neuropáticas.

Já a NEUROPATIA AUTONÔMICA, complicação muito pouco conhecida do Diabetes, é subdividida em duas categorias.

A Neuropatia Autonômica Diabética (NAD) são distúrbios demonstráveis, mais evidentes, em algum grau de disfunção autonômica periférica ou com sintomas mais aparentes como já falados em um antigo post feito por mim quando recebi esse diagnóstico depois de alguns anos sendo atormentada por crises de sudorese noturna – e que não eram hipoglicemia ( você pode ler essa história clicando aqui).  Este tipo de neuropatia apresenta sintomas como a gastroparesia, hipoglicemia assintomática, taquicardia de repouso, constipação ou diarreia, incontinência fecal e urinária e disfunção sudomotora – ou seja: ela afeta o nosso sistema autônomo, o sistema que “regula” as funções autônomas do nosso corpo.

Cada paciente precisa ser analisado caso a caso, e a Neuropatia Autonômica Diabética NÃO NECESSARIAMENTE vai fazer com que todos esses sintomas aconteçam ao mesmo tempo. Isso não aconteceu comigo. E claro, cada paciente é único e sempre precisará ser avaliado!

Já a Neuropatia Autonômica Cardiovascular (NAC) é um distúrbio no controle autonômico do sistema cardiovascular induzido pelo Diabetes. O diagnóstico destas neuropatias deve ser feito por especialista através de exame clínico.

Vale ressaltar que hoje em dia, uma vez feito o diagnóstico precoce, é possível conviver com a complicação de forma segura – sempre, claro, mantendo o Diabetes sob controle a maior parte do tempo possível, principalmente quando considerada em grau leve, utilizando corretamente as medicações prescritas pelo médico especialista.

Nosso estilo de vida é nosso grande aliado no sucesso do tratamento e em nossa qualidade de vida que teremos ao longo de nossa caminhada. Cuide-se , sempre!

E ALINE, QUAL A RELAÇÃO DA NEUROPATIA COM A DESIDRATAÇÃO DA PELE?

Bem, esse é link que eu, Aline, gentilmente gostaria de contar a todos vocês, fazendo aqui um link para o meu depoimento pessoal.

Agora que vocês já sabem a diferença entre os tipos de neuropatias diabéticas ( E QUE PODEM SER DIAGNOSTICADAS JUNTAS, COMO POLINEUROPATIA),  vamos aqui pensar juntos em algo que eu não havia parado para pensar na minha abençoada correria ( nossa) de todos os dias – até que a pandemia nos fez parar. 

Se, no momento de descontrole, quando a Neuropatia Autonômica resolve “ligar” a chavinha e subitamente eu começo a apresentar novamente as crises de sudorese noturna ( aquelas, que me fizeram por alguns anos buscar médicos e explicações e quase me fizeram enlouquecer) por longas noites, o que teoricamente acontece com meu corpo? PERDE ÁGUA!

Soma-se a isso a nossa natural tendência de já ter a pele mais ressecada pelas oscilações glicêmicas que, muitas vezes acontecem por uma infecção, período menstrual, oscilação hormonal, stress, etc (bem, somos seres humanos e não robôs). Muitas vezes simplesmente não damos conta, no dia a dia, de repor naturalmente essa água perdida. E consequentemente o órgão mais extenso de nosso corpo, a querida pele, vai sentir, e muito. E ligado `a ela estão as unhas, os pelos, os cabelos. E tudo vai de alguma forma apresentar algum grau de ressecamento.

Foi em uma reunião de trabalho, com um médico da equipe que eu trabalhava há dois anos atrás, em um papo informal, que esse assunto surgiu. E pouco tempo depois, conheci o Cedraflon, que realmente chegou para mudar a minha relação com o uso de cremes. Pois sou daquelas que usa tudo no rosto, no pescoço, e esquece do resto do corpo.  O creme chegou com a promessa de aliviar pernas cansadas ( que eu sinto bastante pela tensão na lombar e pelo esporte) e acabou resolvendo um problema quase sistêmico!

E essa relação creme x Diabetes x água do corpo foi se alinhando com o tempo, trazendo mais conhecimento ainda para mim, mais consciência corporal e mais entendimento de que sim, somos uma máquina perfeita e que quando estamos em desequilíbrio nada funciona direito!

 É preciso cuidar de todos os detalhes. Da glicemia, da saúde do corpo, da mente, da nossa alimentação, do esporte que praticamos, do que lemos e do que ouvimos, do que aprendemos. E nesse momento tão crítico que estamos vivendo, absorver conteúdos que nos transformem farão toda a diferença para nosso futuro como pessoa e como…..pacientes!

 Por isso, vamos aproveitar esse momento de calmaria nas atividades do dia a dia mas de tanta agitação mental para cuidar mais do nosso corpo e… da nossa pele!

 Que meu exemplo faça você olhar para dentro, para seu corpo, te faça investigar se há algo de estranho por aí e investigue. Nunca é tarde para o cuidado. E nunca é tarde para um recomeço. Acredite!

 

Fontes de consulta para esse texto:
Site Dr. Clemente Rolim
Arquivos Brasileiros de Metabologia e Endocrinologia
Sua Pele também tem sede – Cedraflon  

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