Tudo sobre diabetes

Sintomas

Estes são alguns sintomas clássicos do Diabetes. Fique atento!

• Poliúria – a pessoa urina demais
• Polidpsia – muita sede e constante (por conta da desidratação que o excesso de urina causa)
• Aumento do apetite
• Alterações visuais (visão turva, embaçada)
• Tontura, dores de cabeça
• Impotência sexual
• Infecções fúngicas (fungos) na pele e nas unhas
• Feridas, especialmente nos membros inferiores, que demoram a cicatrizar
• Distúrbios cardíacos (coração) e renais (rim)

Tratamento

Para todos os tipos de Diabetes, umas das coisas mais importantes é controlar o nível de glicose no sangue. Isso pode ser feito com um aparelho chamado glicosímetro (monitor de glicemia). Hoje existem vários modelos no mercado, e você pode pedir auxílio à equipe multidisciplinar para escolha do equipamento ideal para você.

Mesmo que isso assuste um pouco no início, fique tranquilo. Logo isso pode se tornar um hábito e acredite, fará com que você se sinta bem melhor e tranquilo, além de ajuda-lo a controlar os valores diários! Siga sempre a orientação da equipe que vai lhe acompanhar.

Além disso, alguns hábitos diários devem fazer parte da sua rotina!

Usar os medicamentos orais, insulina (o tratamento indicado pelo seu médico) nos horários e quantidades corretos, cuidar da sua alimentação, praticar atividade física todos os dias, cuidar do seu emocional. Lembre-se sempre dos valores da glicemia como parâmetro:

Hoje, além da análise das hemoglobinas glicadas, é muito importante que o pacientes estejam “dentro da meta” dos valores estabelecidos pelos médicos. Entende-se que o diabético está dentro dessa meta quando ele está pelo menos 70% do tempo entre 70 e 180 mg/dl, valores que variam de acordo com o período do dia, idade, estilo de vida, etc (por isso é muito importante que cada pessoa tenha suas metas estabelecidas junto à equipe de saúde).

Alimentação

Independente da condição física, tendo diabetes ou não, todos deveriam ter uma alimentação saudável, com poucos doces e gorduras ruins, pois isso regula não só o peso corporal, mas também níveis de glicose, colesterol, entre outros.

É sempre bom lembrar que se você está acima do peso é muito importante prestar atenção caso sua saúde dependa da perda desse peso. Para muitas pessoas que diagnosticam Diabetes Tipo 2, a perda de 10 a 15% já representa uma vida mais saudável.

Para quem tem diabetes, uma ferramenta muito importante é a contagem de carboidratos. Você pode anotar os valores ou colocar também em aplicativos para o celular. Como a alimentação será reflexo da quantidade de exercícios realizada, o diabetes nada mais é do que uma oportunidade para rever os hábitos – seus e de sua família.

Atividade Física

Atividade física faz os valores da glicemia baixar, sabia?

Quando você se mexe, você gasta mais energia e o seu corpo usa o açúcar do sangue com maior rapidez. Diversas pesquisas já comprovam que o exercício nos deixa mais dispostos para o dia a dia e, além disso, evita doenças cardiovasculares e até algumas doenças degenerativas.

Uma coisa muito importante é sempre monitorar a glicemia durante a prática de esportes, sempre com orientação do profissional de saúde. Caso você esteja iniciando a prática de exercícios agora é sempre aconselhável um check up antes.

E lembre-se atividade física não combina com obrigação, com coisas chatas. Escolha um esporte, algo que lhe dê prazer! Seja caminhada, natação, dança, musculação ou futebol. O importante é sempre se mexer.

Insulina

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas e que tem como função realizar o metabolismo da glicose (açúcar no sangue) e com isso transformá-la em energia.

A insulina trabalha como se fosse uma chave que abre as fechaduras de nossas células, para que a glicose possa entrar e com isso, gere energia para nosso corpo funcionar.

Quando há uma disfunção na produção, a pessoa desenvolve o Diabetes Mellitus.

Atualmente existem os seguintes tipos de insulina:

 

Automonitorização

A automonitorização é a melhor ferramenta existente para manter os níveis de glicemia no sangue nos valores desejados. Ela possibilita a toda pessoa que tem Diabetes:

• Identificar as tendências de oscilação da glicemia
• Conhecer os fatores que podem causar hipoglicemia ou hiperglicemia
• Avaliar o impacto da alimentação, das atividades físicas e dos medicamentos sobre o diabetes
• Identificar necessidade de mudanças no tratamento
• Saber agir em caso da presença de outras doenças
• Confirmar se determinados sintomas estão relacionados com algum tipo de descontrole glicêmico

Atualmente é possível monitorar a glicemia da forma tradicional com ponta de dedo ( através de uma gota de sangue) com glicosímetros de diversas marcas e tecnologias agragadas como aplicativos que se comunicam com seu medico; através do sistema Flash (FGM – Flash Glucose Monitoring) , que utiliza um sensor que dura 14 dias na pele faz o scanneamento (leitura) os valores de sua glicemia ( através do liquido do interstício) em tempo real e que reduz bastante a necessidade das pontas de dedo OU com sensores CGM ( Continuous Glucose Monitoring) como os que são utilizados juntamente em bombas de insulina e também , através do liquid instersticial, fazem leitura da glicose em nosso corpo, esse ultimo de forma constante.

Hiperglicemia

Hiperglicemia é a presença de níveis elevados de açúcar no sangue, que pode sr causada pelo alto consumo de açúcar ou alimentos ricos em carboidratos e gorduras, falta de exercício físico , falta de insulina ou até mesmo por algum tipo de infecção.

Os sintomas da hiperglicemia mais clássicos são aumento de urina, muita sede e fome, e em alguns casos vem o mal estar como dor de cabeça, tontura, enjoo. Fadiga, agitação, sonolência e perda de peso também podem ser sintomas mais comuns.

Muitas vezes é possível corrigir a hiperglicemia com a insulina ( para quem utiliza o hormônio) mas em alguns casos a persistência dos valores altos pode ser sinal de algo a mais. Nesse caso, o ideal é procurar o seu médico endocrinologista ou ir ao hospital. Não deixe que isso dure por muito tempo.

Hipoglicemia

A hipoglicemia é a baixa de açúcar no sangue e que pode ser causada pela alimentação insuficiente, excesso de exercício ou para quem tem diabetes e usa insulina, excesso de insulina ( talvez por doses erradas, contagem errada de carboidratos por exemplo).

Os principais sintomas da hipo costumam ser sudorese, tontura, fraqueza, sudorese, taquicardia, visão turva, confusão mental. Em casos extremos pode haver convulsões e coma.

Para a correção da hipoglicemia deve ser usado sempre alimentos que liberem rapidamente a glicose como: refrigerantes açucarados, açúcar puro, mel, sucos doces, balas moles. A conta sugerida é sempre ingerir 15g de carboidratos e aguardar 10 minutos. Se não houver melhora, consumir mais 15 gramas e medir a glicemia.

Complicações

Antes de mais nada, é importante SEMPRE salientar que as complicações aparecem pela falta de cuidados adequados com o Diabetes. Com um acompanhamento frequente, glicemias controladas, a chance de quem tem diabetes desenvolver alguma complicação cai drasticamente.

Sem os cuidados ideais, com glicemias sempre elevadas e hábitos ruins, algumas complicações podem surgir ao longo dos anos:

Problemas renais

Altos níveis de glicose no sangue por um longo período podem sobrecarregar os rins, fazendo com
que, no seu trabalho de filtragem do sangue, passe a eliminar moléculas de proteína acabem sendo eliminadas pela urina.

Essa proteína, eliminada constantemente, vai lesionando os “filtros” dos nossos rins, os néfrons, que vão perdendo aos poucos sua capacidade e diminuindo a função renal.

A nefropatia não costuma apresentar sinais no início, mas existe um sinal clássico que que tem proteína nesta urina: espuma. Urina com muita espuma pode ser sinal de que seus rins precisam de ajuda. Consulte SEMPRE um nefrologista e acompanhe.

E lembre-se sempre controle suas glicemias e sua pressão arterial.

Problemas oculares

Se você gerencia bem a taxa de glicemia, é bem provável que apresente problemas oculares de menor gravidade; ou nem apresente. Mas saiba: quem tem diabetes está mais sujeito à cegueira. Como evitar? Controle sempre suas glicemias, sua pressão arterial, seu cholesterol.

Alguns dos principais problemas oculares:

Glaucoma – Pessoas com diabetes têm 40% mais chance de desenvolver glaucoma, que é a pressão elevada nos olhos

Catarata – Pessoas com diabetes têm 60% mais chance de desenvolver a catarata, que acontece quando a lente clara do olho, o cristalino, fica opaca, bloqueando a luz.

Retinopatia – 
Retinopatia diabética é um termo genérico que designa todas os problemas de retina causados pelo diabetes. Há dois tipos mais comuns – o não-proliferativo e o proliferativo.
O tipo não-proliferativo é o mais comum. Os capilares (pequenos vasos sanguíneos) na parte de trás do olho incham e formam bolsas. Há três estágios – leve, moderado e grave – na medida em que mais vasos sanguíneos ficam bloqueados.

Edema Macular – Em alguns casos, as paredes dos capilares podem perder o controle sobre a passagem de substâncias entre o sangue e a retina; e o fluido pode vazar dentro da mácula.

Isso é o que chamamos de edema macular – a visão embaça e pode ser totalmente perdida. Geralmente, a retinopatia não-proliferativa não exige tratamento específico, mas o edema macular sim. Frequentemente o tratamento permite a recuperação da visão.

O Pé Diabético

O pé diabético é uma complicação do Diabetes mellitus e ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nospés desenvolve uma úlcera (ferida). Isso é uma consequencia do mal controle das glicemias durante um logo period e quase sempre está relacionando ou a problemas circulatórios ou à nefropatia periférica.

Sintomas como o formigamento, a falta de sensibilidade ao calor e ao frio, pontadas ou ausência total de dor são alguns dos sintomas clássicos e que precisam sempre ser monitorados.

Em todas as consultas com seu medico, peça para que ele examine os seus pés e você também pode – e deve – fazer isso em casa, durante o banho por exemplo.

Procure manter seus pés bem cuidados, unhas cortadas corretamente (retas) , e pele hidratada. Evite usar creme entre os dedos.

E ao menor sinal de dor, ferida, não hesite em procurar um medico especialista.

Fatores de Risco

Você já viu que o Diabetes Tipo 1 surge por conta de uma desordem auto-imune. Por esta razão não é o que fazer para evitar o seu aparecimento .

Já para o Diabetes Tipo 2 sim, existem fatores de risco que podem contribuir para seu aparecimento. Por esta razão, preste atenção se você possui alguns fatores abaixo, e procure sempre manter um estilo de vida saudável e feliz.

• Hereditariedade ( observe se você tem familiares com Diabetes)
• Obesidade (inclusive a obesidade infantil)
• Falta de atividade física regular
• Hipertensão ( Pressão alta)
• Níveis altos de colesterol e triglicérides;
• Uso constante de alguns medicamentos, como os à base de cortisona ( corticoides)
• Estresse emocional
• Idade acima dos 40 anos (para o diabetes tipo 2)

Seus Direitos

Você sabia que toda pessoa com diabetes tem seus direito garantidos pela constituição? E que alguns estados possuem leis específicas?

Para saber mais, no link abaixo você poderá obter informações completas no site da ADJ – Associação Diabetes Brasil, que além disso, oferece um serviço de aconselhamento jurídico.

Confira aqui:

https://adj.org.br/fique-ligado/seus-direitos/adj-jur/

O que é Diabetes

O Diabetes é uma condição que hoje acomete quase 16 milhões de pessoas no Brasil. Acontece pela falta ou má absorção de insulina, hormônio responsável pelo aproveitamento da glicose como energia para o nosso corpo.

O Diabetes Mellitus é uma doença do metabolismo da glicose que acontece quando há falta ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e que possui uma função muito importante me nosso dia a dia:  quebrar as moléculas de glicose para transformá-las em energia, a fim de que seja aproveitada por todas as células.

A ausência da insulina (total ou parcial) interfere não só na queima do açúcar , mas também na como na  transformação em outras substâncias como proteínas, músculos e gordura.

Diabetes Tipo 1

Em pessoas que tem Diabetes Tipo 1, o pâncreas para de fabricar a insulina. O sistema imunológico , de forma equivocada, ataca as células beta ( produtoras do hormônio) fazendo com que elas liberem pouca ou nenhuma insulina.

Normalmente aparecem em crianças e adolescentes, mas também pode ser diagnosticada em adultos. É sempre tratada com insulina e alguns medicamentos complementares (caso necessário), além de hábitos saudáveis como exercícios, alimentação saudável, controle do nível de glicose diariamente,

Corresponde a cerca de 10% do total de diabéticos.

Diabetes Tipo 2

O Diabetes Tipo 2 acontece quando o organismo não consegue usar de forma adequada a insulina produzida ou não produz insulina suficiente para controlar sua taxa de glicemia.  Ele se manifesta mais frequentemente em adultos acima dos 40 anos, mas hoje já existem casos de crianças com o problema, principalmente obesas.

Em casos mais leves, é possível controle com atividade física e planejamento alimentar mas a maioria necessita que, além desses hábitos diários, sejam utilizados alguns medicamentos para controle.

Em alguns casos também pode ser recomendado o uso da insulina, o que não quer dizer que o quadro do paciente piorou, apenas que este será o melhor tratamento para manter o Diabetes no controle.

Pré Diabetes

O pré diabetes  nada mais é do que um estado aumentado de risco para o desenvolvimento do Diabetes Tipo 2, e que acontece em pessoas com níveis elevados de glicose no sangue, obesidade, histórico familiar de diabetes e também hábitos pouco saudáveis como o sedentarismo e alimentação de má qualidade.

Para que um medico identifique o pré diabetes, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes ( SBD) são levaos em consideração alguns valores referência:

  • Hemoglobina Glicada ( AIC) entre 5,7% e 6,4%
  • Glicemia em jejum em valores entre 100 e 125 mg/dl
  • Glicemia pós prancial ( após as refeições) de 2 horas entre 140 e 199 mg/dl

Diabetes Gestacional

O Diabetes Gestacional pode acometer qualquer mulher e pode estar relacionado com grande aumento de peso durante a gestação.  Por não apresentar sintomas, o recomendado é que toda gestante, a partir da 24a. semana de gravidez teste suas glicemias em jejum, além do acompanhamento do médico para casos de elevação após alimentação.

Algumas mulheres tem maior risco de desenvolver a doença e devem estar mais atentas para os fatores de risco abaixo:

  • Idade materna mais avançada
  • Ganho excessivo de peso durante a gestação
  • Síndrome de ovários policísticos
  • Obesidade ou sobrepeso
  • História prévia de bebês grandes (mais de 4kgs) em parentes de 1o. grau
  • História de diabetes gestacional na mãe
  • Gestação múltipla
  • Hipertensão arterial

O tratamento do Diabetes Gestacional é feito na maioria dos casos com orientação nutricional, atividade física controlada, controle das glicemias. Em alguns casos pode ser recomendado o uso da insulina.


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