Você sabia que 9,2% das mulheres grávidas desenvolvem o diabetes gestacional? Mesmo nunca tendo sido diagnosticadas com diabetes antes, essa forma da doença pode se manifestar durante o terceiro trimestre da gravidez, apresentando altas taxas de glicose no sangue.
Mas, não se desespere. A busca por informação é a base para conviver com qualquer doença e, assim como os outros tipos do distúrbio, o diabetes gestacional tem tratamento! Por isso, trouxemos nove mitos e verdades sobre essa condição para que você se sinta mais preparada e segura nessa fase:
Assim como para os outros tipos do diabetes, os sintomas podem ser facilmente ignorados. Por isso é tão importante ter um acompanhamento pré-natal com seu médico obstetra. As consultas periódicas vão examinar, não só seu nível de glicose, como qualquer outra complicação que possa existir nesse momento.
A malformação congênita é uma complicação do diabetes, mas isso pode acontecer quando a mãe já tinha sido diagnosticada com o diabetes anteriormente, ou então já tinha o distúrbio, não diagnosticado e, ainda por cima, descontrolado. Isso porque, durante os últimos meses da gestação, quando pode ocorrer o caso específico do diabetes gestacional, o bebê já passou pelo processo de sua formação e só está crescendo dentro da barriga da mãe.
Só porque este tipo de diabetes não causará defeitos na formação do corpo da criança, isso não significa que o distúrbio não afetará o bebê. Se não tratado, o excesso de glicose no sangue atravessa a placenta, causando o mesmo aumento dos níveis no sangue do bebê.
Isso faz com que o pâncreas do pequenino produza mais insulina do que o normal, nascendo com baixos níveis de glicose no sangue por consequência (hipoglicemia). Isso pode causar problemas respiratórios e aumentar a chance de desenvolver diabetes tipo 2.
Essa afirmação é verdadeira, mas atenção para o termo “normalmente”. Como toda regra, existem exceções. A ocorrência do diabetes gestacional é um importante fator de risco para desenvolvimento de diabetes tipo 2. Por isso, aproximadamente seis semanas após o parto, a mãe deve realizar um novo teste oral de tolerância a glicose, sem estar em uso de medicamentos antidiabéticos .
Apesar da causa exata do aparecimento da doença não ter sido ainda definida, é verdade que, se você estiver mais de 20% acima de seu peso ideal, emagrecer reduz significativamente as chances de seu desenvolvimento. Fazer escolhas saudáveis na alimentação como ingerir uma variedade de frutas e vegetais frescos, fibras, além da prática regular de exercícios, pode te ajudar a prevenir não só o diabetes como várias outras doenças.
A gravidez tardia, considerada a de mulheres com mais de 35 anos, é considerada um dos grupos de risco para a diabetes gestacional. Então, se for seu caso, não deixe de verificar seus níveis de glicose no sangue e ter um acompanhamento pré-natal bem regrado.
A energia extra disponível para o bebê na forma de altos níveis de glicose no sangue acaba sendo acumulada em forma de gordura. Isso aumenta a probabilidade do nascimento de bebês grandes. Assim, o parto normal pode levar a danos em seus ombros, entre outras complicações, podendo ser necessário o parto por cesárea.
Mas, é importante reforçar que a via de parto, bem como as decisões referentes ao momento do nascimento, devem ser feitas de forma individualizada, de acordo com a equipe médica em conjunto com a mãe.
Mulheres que já tiveram bebês grandes (ou seja, com mais de 4kg), assim como ter o histórico de gravidez gestacional em outra gestação, são grupos de risco para desenvolver o distúrbio. Obesidade, histórico familiar de diabetes tipo 2 e alguns grupos étnicos – asiáticos e latinos principalmente – são outros grupos que devem ter cuidado redobrado e realizar um acompanhamento rigoroso de seus níveis de glicose no sangue.
Esse é um mito dos grandes. Na verdade, o aleitamento materno pode reduzir o risco de desenvolvimento de diabetes após o parto, porque a própria produção de leite pelo corpo reduz os níveis de glicose no sangue. A alimentação balanceada e a prática regular de atividades físicas também vão ajudar nessa prevenção.
Esses são alguns dos mitos e verdades recorrentes a respeito do diabetes gestacional. Mas, converse com seu médico (ou sua médica), faça exames periódicos e transcorra seu pré-natal normalmente. Não se desespere antes da hora e, lembre-se, cada caso é um caso.