Conheça o verdadeiro Pâncreas Artificial

Conheça a Inovação Revolucionária da Inreda Diabetes: A Bomba de Insulina Dual-Hormone

Imagem: Inreda Diabetic

A tecnologia para tratamento de diabetes avançou significativamente nas últimas décadas, e um dos mais emocionantes desenvolvimentos recentes é a bomba de insulina dual-hormone, criada pela Inreda Diabetes. Apresentada no podcast Diabetech pelo CEO e Founder da Inreda, Robin Koops, essa inovação representa um avanço único no manejo de diabetes tipo 1, introduzindo uma abordagem completamente automatizada ao controle glicêmico. Neste post, você conhecerá de perto essa bomba  que pode revolucionar nosso tratamento e os desafios técnicos de incorporar o hormônio glucagon junto à insulina.

O Que Torna a Bomba Dual-Hormone da Inreda Diferente?

Imagem: Inreda Diabetic

A maioria das bombas de insulina no mercado administra apenas insulina, porém a bomba da Inreda é inovadora por incluir também o glucagon. Essa combinação imita de maneira mais próxima a função natural do pâncreas, regulando a glicose de forma automática e ajustando os níveis de ambos os hormônios conforme necessário. O sistema usa dois sensores e duas cânulas, uma para cada hormônio, proporcionando um controle mais equilibrado da glicemia.

Além disso, esta bomba é totalmente autônoma. O algoritmo deste device elimina a necessidade de contagem de carboidratos, cálculos de bolus e outras interações constantes do usuário como as metas de exercícios. Para as pessoas com diabetes, isso representa uma grande conquista em termos de qualidade de vida, pois reduz a carga mental e física do manejo diário da condição, trazendo mais liberdade. Já pensaram em uma vida sem tantas decisões a respeito do diabetes? No momento, ainda parece um sonho para nós!

Desafios e Evolução da Tecnologia Dual-Hormone

Os protótipos iniciais da bomba de insulina dual-hormone da Inreda começaram como dispositivos grandes e pesados, comparados até a uma “geladeira sobre rodas”, depois a uma televisão e chegaram a ter o tamanho de um laptop, o que inviabiliza o uso.

Desde então, Koops e sua equipe reduziram o tamanho e o peso, passando por várias versões até chegarem ao AP5, que tem o tamanho de um antigo walkman ( ainda grande e pesado se comparado com as bombas de insulina do mercado).  O próximo modelo, AP6, em desenvolvimento e que vai ao mercado nos próximos 2 anos, promete ser ainda mais compacto, 50% menor e mais leve.

Essa evolução constante busca atender às necessidades dos pacientes, que ainda podem sentir certo receio quanto ao uso de dois sensores e duas cânulas      (não só a pele se ressente com tantos adesivos, os fios também causam desconforto).  A sensação de desconforto e a complexidade adicional do aparato são pontos que ainda demandam evolução. Mas com certeza, pensando no que já foram as bombas de insulina no passado, essa evolução virá!

Por Que o Glucagon é um Desafio na Tecnologia de Bombas de Insulina?

Apesar de seus benefícios, o uso do glucagon em bombas de insulina é raro devido à sua instabilidade em relação à insulina. Diferente da insulina, o glucagon é mais suscetível a degradação, especialmente quando armazenado em uma bomba por longos períodos. Isso significa que o glucagon precisa ser formulado de maneira a permanecer estável e eficaz durante o uso.

Além disso, o equilíbrio entre a administração de insulina e glucagon é complexo e exige um algoritmo preciso para evitar hipoglicemias e hiperglicemias. O trabalho de desenvolver um sistema que administra esses hormônios de forma automatizada é um avanço notável, pois supera esse desafio com um controle de glicose mais próximo do ideal.

Com 80 pessoas já usando a versão AP5, a Inreda demonstra que o pâncreas artificial dual-hormone é uma realidade que está transformando vidas. Para muitos, essa tecnologia representa a promessa de uma vida sem as constantes decisões e ajustes necessários para controlar a glicose.

A inovação da bomba dual-hormone marca uma revolução no tratamento de diabetes tipo 1 e aponta para um futuro onde o controle glicêmico será mais eficaz, autônomo e menos invasivo. E temos muito mais para ver nos próximos anos!

Esse tipo de bomba é para todo mundo?

Assim como a bomba de insulina que estamos acostumados a ver e a usar não é indicada para todos os pacientes – o melhor tratamento é sempre aquele que a pessoa adere bem, se adapta e traz bons resultados. Muita gente tem um ótimo controle com uso de canetas e sensor de glicemia, a bomba dual-hormone também não é um equipamento para todos.

Ainda em fase de testes, provavelmente será indicada para pacientes que tem o diabetes mais lábil, ou seja, mais difícil de controlar , com muitos episódios de hipoglicemias e hiperglicemias. Com certeza, os diabéticos que mais sofrem com oscilações glicêmicas e tem um controle muito difícil se beneficiarão muito com esse sistema!

E claro, pensando aqui como paciente, termos a opção de decidir o melhor tratamente junto com a equipe de saúde que nos acompanha e trazer para nossa vida mais qualidade, mais independência e maior longevidade vai nos tornar pessoas mais felizes e capazes de realizar nossas atividades com total liberdade.

Muito ainda está para evoluir neste campo. Mas, em contrapartida, que avanço maravilhoso Robin Koop e sua equipe estão trazendo para quem convive com o Diabetes Tipo 1! Que venha o AP6!

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