Hipertensão e diabetes estão entre os principais fatores de risco para a doença renal crônica, problema grave que pode levar à diálise ou transplante caso não seja tratado a tempo ou da forma adequada.
O Diabetes e a Pressão Alta (hipertensão) costumam ser associados a doenças cardiovasculares (infarto, AVCs) e, apesar de muitas vezes desconhecido, estão diretamente ligados a um problema silencioso, que não costuma apresentar sinais nas fases iniciais: a Nefropatia Diabética – uma complicação do Diabetes que acomete os rins.
Os vasos sanguíneos, quando trabalham em sobrecarga – isso acontece quando nossa pressão arterial se eleva (acima dos valores padrão de 12×8), lesões podem começar a aparecer e, como o passar do tempo, a parede desses vasos vai se tornando mais espessa, mais rígida. Já nos rins, que também são irrigados de uma vasta micro-circulação sanguínea, etodo esse efeito resulta na perda da capacidade de filtração do sangue e eliminação de resíduos de forma adequada, fazendo com que nosso corpo entre em desequilíbrio.
Quando o Diabetes está descontrolado, o aumento da glicemia danifica os vasos, e além dos danos já citados, ainda prejudica o trabalho dessa micro -circulação.
A diminuição da capacidade de filtrar o nosso sangue leva lentamente à doença renal crônica com o passar do tempo, se não tratada da forma adequada, principalmente se não for diagnosticada.
Infelizmente, alguns pacientes só percebem que há algo errado quando o órgão já está muito comprometido. Nessa fase, alguns sinais são mal-estar, fadiga, perda de apetite e perda de peso não intencional. Em casos graves, pode haver necessidade de hemodiálise e até de transplante de rins.
Pacientes com diabetes que desenvolvem problemas nos rins também podem apresentar proteína na urina, edemas (inchaço por excesso de líquido) nas pernas e PRESSÃO ARTERIAL ELEVADA
PODEMOS PREVENIR ESSAS COMPLICAÇÕES?
Se uma pessoa com Diabetes adere ao tratamento de forma regular e leva uma vida normal, com hábitos saudáveis – pratica de atividades físicas regulares, boa alimentação, faz o uso adequado dos medicamentos ( seja para o Diabetes Tipo 1 ou Tipo 2), dedica um tempo para cuidar da saúde mental e consegue ter boas noites de sono, além de evitar vícios como cigarro, excesso de bebida alcoólica por exemplo e é acompanhada por especialistas regularmente, esse conjunto de fatores ajudam muito no controle das glicemias, da pressão arterial, e no controle geral da condição, evitando o prejuízo ou a perda da função renal.
ATENÇÃO para um erro muito comum em pacientes hipertensos: muitos imaginam que, quando a pressão está controlada, podem parar de usar seus medicamentos e acabam por suspender o uso. Essa conduta é absolutamente contra-indicada!
A doença é mantida justamente sob controle porque o tratamento está sendo seguido! Uma vez parando os medicamentos por conta própria, em pouco tempo, os resultados ruins voltam a aparecer. É necessário sempre o acompanhamento médico e sempre seguir rigorosamente as orientações do médico. NUNCA SUSPENDA UM MEDICAMENTO SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA.