O desenvolvimento do diabetes em crianças e adolescentes ocorre pela mesma disfunção hormonal de adultos. A ausência ou incapacidade de utilizar a insulina acarreta no aumento das taxas de glicose no sangue.
Independentemente do tipo da doença, sua ocorrência na infância traz desafios tanto na identificação quanto no controle. As crianças, muitas vezes, não compreendem a importância do tratamento. Entre a alimentação saudável, a prática regular de exercícios e o controle periódico da glicemia, a rotina de cuidados não é fácil.
Então para tentar te ajudar nesses momentos, trouxemos algumas dicas interessantes.
O sintomas do diabetes tipo 1 em crianças e adolescentes surgem de forma repentina. A abundância de energia marcante da faixa etária é substituída por um cansaço frequente. Dessa maneira, a criança sente muita fome e perde peso de uma hora para outra.
No caso do diabetes tipo 2, os sintomas surgem, muitas vezes, devido à alimentação inadequada. Isso resulta em muita sede, muita vontade de urinar, e o escurecimento de dobras, como a da axila e do pescoço, por exemplo.
Outros sintomas vistos frequentemente são o formigamento ou câimbras nos membros e a dificuldade de cicatrização. Inclusive a repetição de infecções fúngicas em pouco tempo. Uma vez que tenha observado alguns desses sintomas, leve seu filho ao endocrinologista.
Após a identificação dos sintomas, que nem sempre aparecem, o médico vai precisar de alguns exames. A melhor forma de diagnosticar o diabetes é por meio de exames de sangue que avaliam a quantidade de açúcar circulante. Os exames são:
Todas as pessoas devem fazer pelo menos um destes exames uma vez ao ano. Tanto crianças quanto adultos. Isso porque qualquer pessoa, independentemente da idade, pode desenvolver diabetes tipo 2. Mesmo sem haver predisposição genética, a alimentação inadequada e o sedentarismo são comportamentos de risco.
O tratamento do diabetes é feito principalmente por meio do controle da alimentação, regulando a quantidade de carboidratos que a criança ou adolescente consome durante o dia. Por isso, é indicado o acompanhamento de um nutricionista de confiança.
O uso de medicamentos é reduzido nessa faixa etária porque normalmente é desnecessária. Portanto, crianças e adolescentes têm grandes chances de controlar o distúrbio sem seu uso. A alimentação e a prática regular de exercícios se mostra bastante eficaz.
O maior cuidado para esses pacientes vai por outro lado: o emocional. Por esse motivo, não perca a paciência. Lembre-se que os amiguinhos do seu filho, provavelmente, comem tudo o que têm vontade. E ele também tem vontade.
Já os adolescentes que convivem com o diabetes sofrem da mesma forma. Ainda combinado com a enxurrada de mudanças hormonais presentes no período. A adolescência é uma fase extremamente complicada, da qual, muitas vezes, os pais esquecem de ter passado.
Mudanças no corpo, o desenvolvimento da personalidade adulta e a curiosidade da idade não se perdem quando se convive com o diabetes. Por isso, a conversa é fundamental. Muitas famílias simplesmente aceitam que o filho adolescente não quer conviver com os pais e acabam o deixando passar por tudo sozinho. Tente insistir. Mas nunca por meio de discussões e sim pelo diálogo.
Uma boa tentativa, neste caso, é montar a rotina de cuidados em conjunto. Ou seja, ouça o que eles dizem e respeite suas necessidades. Trabalhe em conjunto para que os cuidados com o diabetes não sejam uma barreira que eles terão o instinto de se rebelar contra.
Antes de tudo, monte um kit de sobrevivência com o estilo que eles se identificam. Bandas e filmes são um bom caminho. Adeque os cuidados com a saúde de uma forma interessante e divertida. E, paciência. Isso não vai resolver todos os problemas.
Muitas vezes, o acompanhamento com um psicólogo pode ajudar bastante. Além disso, o apoio da família nunca é demais. Por isso, vamos com calma e nunca esqueça do carinho e apoio emocional! Nada vai substituí-lo!