Quantas vezes você já ouviu que os idosos tendem a ficar parecidos com as crianças no seu comportamento? Não só nessa área, mas também no cuidado com a saúde, as duas gerações necessitam de atenção redobrada. E em pacientes diabéticos, a situação é a mesma.
Mas o que aproxima a “melhor idade” com a infância nos cuidados com o diabetes são características bastante diferentes. Enquanto a infância exige um olhar mais cuidadoso da família, os pacientes idosos estão mais sensíveis e propensos a consequências mais graves.
Para entender como essas mudanças ocorrem, vamos demonstrar quais as semelhanças e diferenças entre esses dois estágios da vida e quais são os cuidados para cada uma delas.
A infância é um período de descoberta e curiosidade, além da clássica ingenuidade. A criança e o adolescente, muitas vezes, não compreendem qual a importância da automonitoração glicêmica e principalmente das injeções de insulina, quando necessárias.
Dar aquela pausa na brincadeira para picar o dedo não é a coisa mais divertida, afinal de contas. Por isso, a atitude dos pais importa muito na aceitação da doença e do tratamento por parte da criança.
É essencial o diálogo e a paciência neste momento. Entenda que você é o adulto e explique com calma que o tratamento é importante para a saúde e para ele conseguir sempre continuar brincando. Se for o caso, considere o acompanhamento com um psicólogo. Ele é um profissional que vai conseguir alcançar a criança com a linguagem apropriada e vai saber te orientar em relação à melhor forma de agir.
O diagnóstico do diabetes na infância também depende inteiramente da observação da família. Como os sintomas são leves, é importante ficar de olho e perceber mudanças de padrão de comportamento, como o excesso de sede, de urina e perda de peso. Algumas crianças voltam a urinar na cama ou acordam com frequência para beber água no decorrer da madrugada. Ao perceber estas ocorrências, é fundamental consultar um endocrinologista pediatra de imediato.
A família também é responsável por manter uma frequência nas consultas médicas. O acompanhamento médico é necessário para saber se a criança está com uma velocidade adequada do aumento de peso e altura e também para ajustes na terapia insulínica, que varia de acordo com as fases do desenvolvimento.
A relação entre a população idosa e o diabetes é íntima. Cerca de um terço dos pacientes diabéticos tem 65 anos ou mais no Brasil. Isso é, o diabetes tipo 2 está relacionado ao envelhecimento, ao sedentarismo e à obesidade. Esses dois últimos fatores, por sua vez, se intensificam com o avançar da idade.
Mais sujeitos às consequências graves do diabetes, o paciente idoso tem riscos maiores de desenvolver doenças cardiovasculares. O mesmo vale para amputações, cegueira e insuficiência renal.
Isso além da tendência da glicemia descompensada de acentuar outros tipos de doenças típicas da faixa etária, elevando o risco de Alzheimer e neuropatia diabética, que faz com que a pessoa perca a firmeza no andar.
A população idosa é mais propensa a ter uma vida sedentária. Combinando isso ao diabetes, a perda muscular acentua-se, causando Sarcopenia. O motivo para isso é que a insulina, hormônio responsável por absorver a glicose e levá-la às células musculares, é consumida.
Além disso, outro hábito nessa faixa etária é a redução no consumo de proteína pelos carboidratos, seja por alterações no apetite ou porque eles são mais fáceis de mastigar e preparar. Combinado à Sarcopenia, o quadro fica ainda mais complicado!
Não importa a sua fase da vida ou se está interessado pelo assunto porque está cuidando de alguém com diabetes. O tratamento é essencial para prevenir todos esses problemas. Sempre aliado ao apoio da família, que facilita a aceitação do estilo de vida necessário para controlar a doença direitinho!
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