Se você lida com diabetes tipo 1 e usa bomba de insulina, com certeza já pensou nisso na hora do sexo. Está com aquela roupa arrumadinha, investindo no parceiro… quando chega a hora h de repente, nota aquela bomba de insulina no meio do caminho.
É um incômodo? Pode ser, mas também pode não ser. Tudo na vida depende da forma como levamos as situações. Vamos conversar um pouco sobre isso?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, cerca de 7 a 10% dos pacientes diabéticos do tipo 1 no país apresentam a necessidade de usar a bomba. Em um total de 12,5 milhões de pacientes diabéticos em 2017, a proporção do tipo 1 seria de aproximadamente 1,2 milhões de brasileiros. Assim, a estimativa do número de pacientes que requerem o uso da bomba é de 120 mil pessoas. Sendo que, ainda segundo a ABS, existem atualmente cerca de 4 mil pacientes utilizando bombas.
Todos esses números para te mostrar que você não está sozinho. Além disso, se você está dentro desse grupo seleto, considere-se privilegiado. O tratamento de uma condição hormonal é uma prioridade, assim como nossas relações pessoais não podem deixar de ser.
A coisa mais importante é se sentir bem consigo mesmo, na hora do sexo e também no resto do dia. E encontrar alguém que goste de você do jeito que você é. Clichê? Talvez. Mas, como viver de outra forma?
O momento do sexo é uma hora de intimidade, de conexão, independentemente de estar acompanhado de um parceiro fixo, ou não. Seja sincero, compartilhe com o outro sobre quem você é. Isso inclui seu diabetes e o fato de usar um aparelho que não tem nada de constrangedor. Se essa pessoa quiser estar com você, isso não será um empecilho, pode ter certeza.
Para o caso do paciente diabético que é casado ou tem um parceiro fixo, viva a intimidade. Se você tem alguém que te ama e com quem você se sente confortável, certamente sente menos desconforto com a sua bomba de insulina.
Todo mundo sabe que o sexo é um exercício físico completo. Ele ajuda a saúde cardiovascular, reduz dores musculares, diminui o estresse, aumenta a autoestima, emagrece, ajuda o sistema imunológico, faz bem para a pele e por aí vai.
A questão, quando se fala de quem usa uma bomba de insulina, é consultar seu médico endocrinologista. Sempre pergunte tudo ao seu médico. Se você não se sente confortável para questioná-lo sobre a utilização da bomba durante o sexo, encontre um médico com quem você consiga conversar abertamente.
Isso porque existem alguns pacientes que, pelas particularidades de seu diabetes, têm a recomendação médica de remover a bomba antes de praticar exercícios, e até deixá-la desconectada por um tempo depois. Você precisa saber se é uma dessas pessoas.
Caso seu médico te libere para fazer exercícios (de pé ou não) com a bomba de insulina ligada, a escolha é completamente sua! Retirando, ou não, a bomba, corra para o abraço e seja feliz!