Você sabia que quem têm diabetes é mais propenso a apresentar problemas na pele? Isso acontece por causa da dificuldade do corpo em manter a pele hidratada e, também, de algumas infecções que podem se desenvolver devido ao fraco desempenho dos anticorpos.
No corpo de diabéticos, ou o pâncreas não produz a quantidade de insulina suficiente para eliminar o açúcar, ou a insulina não desempenha seu papel de forma eficaz – esses são os pacientes com o Diabetes Tipo 2. Também existem as pessoas que não produzem insulina alguma, e têm o Diabetes Tipo 1. Por essa razão, o paciente tem uma quantidade muito alta de glicose no sangue e precisa fazer uso de medicamentos orais ou insulina.
Quando a glicose no sangue está alta, o corpo tenta eliminar esse excesso de açúcar de outras formas, como, por exemplo, pela urina. Como consequência, os diabéticos costumam ir muitas vezes ao banheiro e eliminam muito líquido. Consequência disso? A hidratação da pele diminui , o diabético fica desidratado e sua pele pode causar rachaduras, coceiras e facilitar as infecções por micro-organismos.
Infecção por bactérias
Terçol, foliculite, inflamações profundas na pele (como carbunculose) e infecções ao redor das unhas são algumas possibilidades. Então, fique atento a sintomas como calor, rubor, inchaço e dores.
Infecção por fungo
A infecção por fungo mais comum em pessoas com diabetes é a candidíase. Ela se desenvolve principalmente em lugares mais quentes e úmidos, como ao redor das unhas, entre os dedos, embaixo dos seios, nas axilas ou virilha. De forma geral, os sintomas incluem feridas avermelhadas, coceira e bolhas.
Coceira
Já as coceiras podem acontecer com mais frequência justamente por causa das infecções por fungos, problemas circulatórios ou ressecamento da pele. Para evitar, é importante ter a pele sempre hidratada, optar por banhos com água mais fresca (não tão quente) e usar sabonetes neutros.
Necrobiose Lipoídica
São manchas, que podem variar entre amarelas e vermelhas, nas regiões das canelas. Muitas vezes, é possível ver os vasos sanguíneos do local por conta da pele fina com as bordas brilhantes.
Acontece principalmente em diabéticos tipo 1. No início, pode ser confundida como uma espinha. Deve ser tratada quando há o rompimento da pele, pois pode levar a quadros mais sérios ou outras infecções.
Dermopatia diabética
Essa doença tem relação com a neuropatia diabética e os pequenos vasos que se comprimem e dificultam a passagem do sangue no local. É caracterizada por manchas escuras arredondadas ou ovais nas pernas, que podem se transformar em feridas.
Acanthosis Nigricans
Obesos, diabéticos tipo 2 e pré-diabéticos são as pessoas mais propensas a desencadear essa infecção, que se manifesta em regiões como axilas, joelhos e pescoço. Caracteriza-se por manchas escuras aveludadas e pelo espessamento da pele.
Cuidados com a pele
O primeiro passo para evitar esse tipo de doença é controlar glicemia, já que o excesso de glicose pode deixar a pele ressecada e facilitar a proliferação de infecções. Utilize sempre um hidratante corporal depois do banho morno, porque a água quente também deixa a pele desidratada.
Prefira roupas íntimas e meias 100% algodão e sem costura – esse tipo de tecido permite um fluxo de ar e não prende a circulação. Se possível, sapatos confortáveis também fazem a diferença. Então, opte por eles.