Ser mãe (ou pai) de uma criança com diabetes

O dia a dia com um pequeno que precisa de alguns cuidados especiais

Diabetes pode ser um diagnóstico assustador. Em uma criança, ainda, chega a ser pior. Afinal, criança tem que estudar, brincar, se divertir; não deveria se preocupar em medir níveis de insulina ou contar a quantidade de brigadeiros que vai comer na festinha do amigo.

Mas, afinal, qual diagnóstico não é assustador na infância? Tudo parece ter um peso maior, uma dimensão maior, ser mais difícil ou complicado. E nada precisa ser desse jeito. Nós, adultos, precisamos encarar o mundo de uma forma um pouco mais leve.

Precisamos aprender com as crianças a sermos adultos melhores, mais tranquilos e menos preocupados.

É claro que ser uma criança com diabetes exige cuidados. Dizer o contrário seria loucura. Mas, isso está bem longe de significar que essa criança não possa fazer absolutamente tudo que outros pequenos também podem.

Essa é a diferença: encare pelo lado positivo. A diabetes não é uma doença que freia o desenvolvimento de uma criança, muito pelo contrário! Se bem controlada e administrada, pode fazer com que o crescimento desse ser seja ainda mais saudável do que crianças que não possuem doenças crônicas e, justamente por isso, não se cuidam.

Não precisa evitar o suco de fruta. Basta escolher o natural e sem açúcar, contar os carboidratos daquele suco, ajustar a dose da insulina e pronto! Não precisa eliminar de vez o chocolate da vida do menino ou da menina, é só escolher ocasiões especiais e ter uma dieta balanceada no restante do tempo. Hoje, a contagem de carboidratos oferece aos pequenos plena liberdade de escolher o que querem ou não comer.

Além disso, manter uma rotina de visitas aos médicos endocrinologistas de confiança também é importante, inclusive especialidades como oftalmologista, após alguns anos de diagnóstico (converse sempre com o endocrinologista que acompanha a criança). Porque somente os médicos podem dizer, com certeza, quais as melhores formas de manter o dia a dia de um diabético.

Então, o papel do pai e da mãe também são fundamentais no crescimento das crianças. Porque ser o melhor exemplo é também uma boa alternativa para mostrar como ser saudável é mais gostoso. Se precisa ser água em vez de refrigerante, tudo bem. Se precisa ser assado em vez de frito, melhor ainda.

Ou seja, seja o exemplo do que ser para o seu filho, não o exemplo do que não ser. E tudo isso de forma natural! E nunca se esqueça: é seu dever, como pai ou mãe, cuidar do bem-estar do seu filho.

Meça a glicemia, não o deixe muitas horas sem comer, explique como cada tipo de alimento pode agir dentro dele. A clareza de informações aliada à leveza nas ações é a melhor solução. E seu filho vai aprender a se cuidar cada vez melhor!

Por fim, nunca se esqueça de que você não está sozinha (o). Há diversas mães e pais de crianças diabéticas que estão prontos para conversar com você, trocar informações, contar novidades sobre medicamentos, tratamentos, possibilidades. Fique atento!


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